O BOLINHA
Ah, crianças, a historinha que nós vamos contar hoje é muito interessante. A historinha que tem o título “O Bolinha”.
Bolinha era um ursinho muito bonitinho, mas ele vivia sozinho. Ele não tinha papai, nem tinha mamãe, nem irmãozinhos e muito menos amiguinhos. É, ele vivia sozinho, sozinho...
Sabem, crianças, ele era muito quietinho, muito quieto, não conversava com ninguém. E sabe do que ele gostava de fazer? Ele gostava de ficar sentadinho no tronco da árvore preferida dele, sem brincar com ninguém.
Sabe por que ele era assim? Porque ele achava que os outros não gostavam dele. Sentadinho lá, pensava: “Ah, eu não preciso de ninguém. Eu tenho minha casinha, eu tenho minha caminha, eu tenho frutas para comer, eu tenho meu mel todos os dias, eu tenho o rio para beber água fresquinha... Ah, eu tenho tudo! Não preciso de mais ninguém, não preciso de nada. Afinal, eu tenho tudo que quero!”
Então, quando ele se levantava de manhã, imediatamente se sentava no tronco de árvore, olhava ao redor e falava: “Ah, eu sou feliz. Sou feliz mesmo, não preciso de ninguém, eu tenho tudo o que quero. Olha: eu tenho minha casinha, pra que seria infeliz? Eu tenho minha comida todos os dias, minha barriga cheia. Mas ter infelicidade pra quê? Eu tenho tudo! Não preciso de mais nada”.
E todos os dias era a mesma coisa: o ursinho Bolinha ficava todos os dias sozinho. O tempo foi passando, ele foi crescendo, né? E, de repente, Bolinha começou a se sentir sozinho... e tão triste!
“É, pelo jeito, como eu falava ‘Eu não preciso de nada’, acho que não é bem assim. Estou me sentindo tão sozinho, acho que ninguém gosta de mim, por isso fico sozinho o dia inteiro...”
O tempo foi passando e ele se sentindo tão sozinho, tão tristinho... “Ah, que graça têm essas frutinhas tão doces, se tem que comer essas frutas sozinho? Meu jardim está lindo, todo florido, mas não há ninguém para elogiar o meu jardim junto comigo... Ah, parece que ninguém gosta de mim...” E, assim, o ursinho foi se sentindo triste, foi sentindo falta de alguém, falta de companhia...
E ele falou: “Ah, acho que é bobeira minha, eu vou andar pela floresta um pouquinho e me distraí. É porque eu fico sentado aqui no tronco desta árvore, então por isso me sinto sozinho. Vou dar uma volta pela floresta e assim vou me distraí um pouquinho mais”.
E, assim, o Bolinha se levantou com aquela barriga cheia de mel, mel silvestre, frutas... Como esse ursinho gostava de comer! Começou a andar pela floresta e viu uma borboletinha aqui, uma borboletinha ali, mas não encontrou ninguém, não encontrou nenhum ursinho para brincar com ele. Não encontrou um animal sequer, um macaquinho... Nada, não encontrou ninguém!
Voltou todo triste para casa, sentou novamente no tronco de árvore: “Ah, estou tão sozinho, tão triste... Olha, o meu jardim está tão bonito e nem as borboletas e as abelhas vêm aqui no meu jardim para colher mel! Será que eu sou ruim para os outros? Será que eu sou chato para os outros e ninguém quer saber de mim? O jardim está tão florido e não tem ninguém aqui para vir apreciar o meu jardim. Já tenho uma idéia: eu vou para a cidade. Sim, para a cidade grande. Lá, ninguém está sozinho. Lá tem tanta gente, que é impossível ficar sozinho e triste como estou aqui na floresta. Já sei!”.
Foi para casa, arrumou uma mochilona, colocou um cabinho de vassoura, colocou no ombro e partiu rumo à cidade grande. Saiu todo feliz, porque com certeza ali na cidade grande, ele iria encontrar um amigo que poderia deixá-lo feliz. E, assim, o ursinho Bolinha saiu andando rumo à cidade grande.
Foi andando, andando, andando... De repente, ele encontrou o jabuti. “Bom Dia! - disse o jabuti - Aonde vai você, Bolinha, tão apressado? Aonde você está indo?”
“E, e, e... eu? Eu vou à cidade. Ah, jabuti, estou cansado de viver sozinho... Aqui ninguém gosta de mim. Eu vivo sozinho nessa floresta”.
“Pra cidade? – perguntou o jabuti, surpreso – E a sua casinha? Se você quiser, eu posso cuidar da sua casinha até você voltar. Durante o dia, eu posso abrir a portinha para deixar o Sol entrar e, à noite, posso fechá-la bem para que nenhum outro bicho entre lá. Pode ir sossegado, Bolinha, eu cuido da sua casinha, mas com muito carinho!”.
“Ah, tá bom, jabuti, tá bom! Se você quiser, então você pode abrir a portinha para deixar o Sol entrar e, à noite, você a fecha, hem? Bem fechada para que nenhum outro bicho comece a morar na minha casa”. Bolinha disse isso sem dar muita importância ao que o jabuti estava falando. O ursinho não entendeu nada, nada.
“Ah, jabuti, tô indo embora, viu? Tchau, tchau!” E continuou a andar muito contente. O Sol estava forte. Estava na hora de dar uma paradinha, mas ele falou: “Não, eu tenho que chegar cedo. E tenho que encontrar um amigo na cidade. Estou muito sozinho”. E continuou a andar... andou, andou, andou... De repente, o que ele encontrou?
“Mé, mééé...” Encontrou uma ovelhinha pastando, contente!
“Bom Dia!”
“Mé, méééé - disse a ovelhinha - Bolinha, aonde você vai tão preocupado?”
“Ah, ovelhinha, eu vou à cidade. Eu estou cansado de viver sozinho. Eu não aguento mais ficar aqui. Não tenho amigos, fico o dia inteiro sentado na porta da minha casa só comendo frutas silvestres, mel e nem as borboletas vêm cheirar as flores do meu jardim!”
“Ah, você vai para a cidade? Mas, tá bem, e a árvore onde você mora não vai ficar triste, não? – perguntou a ovelhinha - A árvore gosta tanto de você!”
“Ah, que nada! Eu acho que ela nem sabe que eu moro lá!”
“Ah, ursinho, você vai mesmo? Mas volte depressa para brincar comigo! Eu gosto muito de brincar!”
Bolinha nem respondeu. Continuou o seu caminho, andando rumo à cidade. E Bolinha foi andando, andando... A ovelhinha ficou ali sem saber o que o ursinho estava pensando! E o Bolinha continuou andando, andando, andando... De repente, apareceu um riachinho na sua frente. E, no riachinho, encontrou o jacaré.
“Boa Tarde! - disse o jacaré, espreguiçando-se - Aonde vai você?”
“Eu vou à cidade, Sr. Jacaré”.
“À cidade? Pra quê? Fazer o quê lá?”
“Ah, eu estou cansado de viver sozinho. Não aguento mais ficar naquele lugar. Não tem ninguém, nem borboleta para cheirar as flores, nem abelhinhas para colherem o mel das minhas flores da frente da minha casa. Ninguém gosta de mim nesta floresta. Passeio por ela todos os dias e ninguém olha para mim”.
“Que pena!” - lamentou o jacaré - Seu jardim é tão bonito! As flores vão ficar sozinhas e tristes. Você não quer que eu cuide delas até você voltar?”
“Pode sim, pode sim!”, respondeu Bolinha, avançando na floresta, rumo à cidade. E foi embora. Passou pelo Sr. Jacaré, passou pela ovelhinha, passou pelo jabuti e foi embora. Bolinha continuou seu caminho quando, de repente, ouviu uma canção... Era o sapo coachando pra bicharada:
“Quem vive triste no mundo, venha juntar-se com a gente, a nossa turma é alegre, não há tristeza que aguente. Deus quer ver todos nós sempre bem unidos, um ajudando o outro, uma aldeia de amigos”.
“Hã???” Bolinha estava ouvindo tudo e falou: “O que é isso? Um sapo dizendo que Deus quer que todos nós vivamos sempre bem unidos, um ajudando o outro, uma aldeia de amigos? Péra aí! Será que esse sapo quer ter amigos? Porque eu passei pelo jabuti e sabe o que ele disse? Ele nem ligou para mim... queria cuidar da minha casa! Ele disse: ‘Eu cuido da sua casa, durante o dia eu abro a portinha para deixar o Sol entrar e, à noite, eu posso fechar bem a sua casa para nenhum bicho morar lá’. Nem ligou para mim! Ele podia falar: ‘Não vá pra cidade, que eu vou sentir saudade de você’.
Passei pela ovelhinha e a ovelhinha disse que a árvore ia sentir falta de mim e disse que ela (a árvore) gostava tanto de mim, mas não disse que ela (a ovelhinha) gostava de mim...
Passei pelo jacaré, o jacaré lembrou somente do meu jardim e disse que o jardim é tão bonito! Que as flores vão ficar sozinhas e tristes, mas não disse que ele ia ficar triste se eu fosse pra cidade... Mas agora, o sapo tá dizendo:
‘Quem vive triste no mundo, venha juntar-se com a gente, a nossa turma é alegre, não há tristeza que aguente. Deus quer ver todos nós sempre bem unidos, um ajudando o outro, uma aldeia de amigosssss????’ O quêêêê? O sapo quer ser meu amigo? Ah... Não é possível que alguém goste de mim!”
Então, o ursinho Bolinha foi chegando, foi chegando... Quando ele chegou lá, viu um monte de animais... “Ahhhh, eu acho que não preciso ir para a cidade grande, não!”
Tirou das costas a mochila, colocou no chão, sentou-se ali e ficou olhando... E pensou: “Ah... eu já encontrei o que eu procurava... Não preciso ir pra cidade mais!” Correu bem depressa, bem depressa e voltou para encontrar o jacaré, a ovelhinha tão boazinha, o jabuti... E, assim pensando, voltava para casa. De repente, na volta para casa, uma cigarra o avistou e gritou para ele: “Corra, corra, seu ursinho, senão a noite chega e você não acha o caminho”.
“Obrigado, minha amiga, obrigado! Vou correr! Senão, vai anoitecer e não vou encontrar o caminho para a minha casa”. Bolinha chegou em casa, empurrou a porta da sua casa que estava naquela árvore, colocou a sua mochilinha no canto e se deitou, porque ele estava muito, mas muito cansado.
Bolinha dormiu um sono muito gostoso. Afinal, havia seguido aquele caminho tão lonnngo, tão distante! E ali ele dormiu. Somente ouvia o grilo naquela noite silenciosa. De repente, o grilo parou de cantar: amanheceu o dia! No outro dia, ele juntou as frutas mais saborosas e disse: “Eu vou fazer um banquete. Vou fazer um banquete e convidar todos os meus amiguinhos para almoçarem juntos comigo”.
E ali ele começou, ia de árvore em árvore pegando as frutas silvestres e juntando o que mais de gostoso Deus havia feito e colocado naquela floresta: as frutas, a água do riachinho, o mel silvestre, tudo que era de bom e gostoso.
Preparou uma grande mesa e convidou todos os seus amigos para almoçarem com ele. E, preparado aquele grande banquete, colocou todas aquelas frutas gostosas sobre a mesa. Veio o macaquinho, veio o jabuti, veio a ovelhinha, veio o sapinho, vieram todos os animais. Veio a arara, a abelha, sua amiga, vieram todos os animais da floresta!
E ali, a partir de então, começaram aquela grande festa. E disseram: “Ursinho, nós lhe amamos! Por que você sempre ficava sozinho? Você nem sorria pra gente! A gente passava pela sua casa, você ficava só comendo e nem olhava pra gente!”
“Ah, eu pensei que vocês que não gostavam de mim! Aí decidi ir para a cidade grande, porque lá eu poderia encontrar amigos”.
O jabuti disse: “Ah, Bolinha, você acha que alguém lá ia gostar de você? Eles vão lhe matar! Os homens só querem matar os animais; os homens só pegam os animais para serem escravos: ou você ia para um circo fazer palhaçada para as pessoas ou você ia ser pego e colocado numa jaula no zoológico para divertir as crianças. É claro que lá você não ia encontrar amigos”.
“Tem razão, jabuti. Eu não tinha pensado nisso. Ainda bem que eu encontrei vocês no meio do caminho”. E, naquele momento, todos se confraternizaram com o ursinho Bolinha. Tornaram-se amigos e, embaixo de uma grande árvore numa tarde gostosa, fizeram o banquete.
A partir de então, nunca mais o ursinho ficou sozinho porque ele viu que tinha um monte de amiguinhos na aldeia, um monte de amiguinhos!
E você? Vocês, crianças, vocês têm amiguinhos? Vocês sabem que Jesus gostava muito de ter amigos? E Jesus sempre falava que é importante amar uns aos outros. Lembram daquele versículo na Bíblia que diz: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”?
É isso que Deus quer que façamos! Amemos uns aos outros hoje, amanhã, sempre, em todos os momentos! Porque isso é agradável a Deus.
O nosso versículo é: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros” (João 13:34). E isso você pode fazer! Procurar amiguinhos novos porque, dessa maneira, nunca nós vamos nos sentir sozinhos.
Você pode, nesse momento, pensar: “Ah, eu não gosto de ter amigos. São uns meninos chatos que pegam o meu carrinho, a minha boneca”.
Não! Deus quer que você tenha amigos! Eles querem brincar com você. Ame seu amigo, mesmo que ele não ame você, porque você tem que demonstrar o amor de Deus na sua vida. Você que já é salvo, Deus quer que você ame o seu coleguinha, aquele que é ruim na classe, que quer bater em você... Você deve amar, amar o seu inimigo, também. Não somente aquele amiguinho que faz tudo por você, que gosta de brincar com você. Não, mas aquele também que não gosta de você. É difícil? É. É difícil amar aquele que não nos ama, aquele que fala mal da gente, aquele que critica a gente, aquele que você sabe que não gosta da gente. Mas a Bíblia nos ensina que Deus quer que nós amemos os nossos inimigos. “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”. Essa é a palavra de Deus para o nosso coração.
E você pode fazer isso. “Ah, mas eu não consigo”. Deus pode lhe ajudar! Jesus que mora na sua vida pode lhe ajudar a amar aquele que lhe persegue, aquele que lhe calunia, aquele que fala mal de você, aquele que lhe odeia. Você não deve odiá-lo, mas amar o seu inimigo.
Isso você pode fazer com a ajuda de Jesus. Procure amiguinhos também que já amam ao Senhor Jesus e aqueles também que não amam ao Senhor Jesus porque, por meio do seu testemunho, da sua maneira de viver na escola, de você falar, você pode ganhar o seu amiguinho para Jesus.
É, não fazer o que eles fazem! Se eles quebram a vidraça do colégio, você não deve também fazer isso, porque ele vai falar: “Pôxa! Meu colega fala que é crente e faz tudo o que eu faço!” Você fará com que o nome de Jesus seja blasfemado, o Evangelho do Senhor seja envergonhado.
Mas ame o seu amiguinho, mesmo que ele não lhe ame. “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”. Isso nós podemos fazer com a ajuda do Senhor Jesus!”
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