Tudo posso naquele que me fortalece....

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domingo, 25 de julho de 2010

"O SENHOR É BOM..." SALMOS 145.9

                                                                                                                                                                                                  
" O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras."

        


quinta-feira, 22 de julho de 2010

PROVÉRBIOS DIVERSOS PARA A CRIANÇADA MEMORIZAR E COLORIR.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

HISTÓRIA INFANTIL: O BOLINHA.

                                                       O BOLINHA  







Ah, crianças, a historinha que nós vamos contar hoje é muito interessante. A historinha que tem o título “O Bolinha”.


Bolinha era um ursinho muito bonitinho, mas ele vivia sozinho. Ele não tinha papai, nem tinha mamãe, nem irmãozinhos e muito menos amiguinhos. É, ele vivia sozinho, sozinho...


Sabem, crianças, ele era muito quietinho, muito quieto, não conversava com ninguém. E sabe do que ele gostava de fazer? Ele gostava de ficar sentadinho no tronco da árvore preferida dele, sem brincar com ninguém.


Sabe por que ele era assim? Porque ele achava que os outros não gostavam dele. Sentadinho lá, pensava: “Ah, eu não preciso de ninguém. Eu tenho minha casinha, eu tenho minha caminha, eu tenho frutas para comer, eu tenho meu mel todos os dias, eu tenho o rio para beber água fresquinha... Ah, eu tenho tudo! Não preciso de mais ninguém, não preciso de nada. Afinal, eu tenho tudo que quero!”


Então, quando ele se levantava de manhã, imediatamente se sentava no tronco de árvore, olhava ao redor e falava: “Ah, eu sou feliz. Sou feliz mesmo, não preciso de ninguém, eu tenho tudo o que quero. Olha: eu tenho minha casinha, pra que seria infeliz? Eu tenho minha comida todos os dias, minha barriga cheia. Mas ter infelicidade pra quê? Eu tenho tudo! Não preciso de mais nada”.


E todos os dias era a mesma coisa: o ursinho Bolinha ficava todos os dias sozinho. O tempo foi passando, ele foi crescendo, né? E, de repente, Bolinha começou a se sentir sozinho... e tão triste!


“É, pelo jeito, como eu falava ‘Eu não preciso de nada’, acho que não é bem assim. Estou me sentindo tão sozinho, acho que ninguém gosta de mim, por isso fico sozinho o dia inteiro...”


O tempo foi passando e ele se sentindo tão sozinho, tão tristinho... “Ah, que graça têm essas frutinhas tão doces, se tem que comer essas frutas sozinho? Meu jardim está lindo, todo florido, mas não há ninguém para elogiar o meu jardim junto comigo... Ah, parece que ninguém gosta de mim...” E, assim, o ursinho foi se sentindo triste, foi sentindo falta de alguém, falta de companhia...


E ele falou: “Ah, acho que é bobeira minha, eu vou andar pela floresta um pouquinho e me distraí. É porque eu fico sentado aqui no tronco desta árvore, então por isso me sinto sozinho. Vou dar uma volta pela floresta e assim vou me distraí um pouquinho mais”.


E, assim, o Bolinha se levantou com aquela barriga cheia de mel, mel silvestre, frutas... Como esse ursinho gostava de comer! Começou a andar pela floresta e viu uma borboletinha aqui, uma borboletinha ali, mas não encontrou ninguém, não encontrou nenhum ursinho para brincar com ele. Não encontrou um animal sequer, um macaquinho... Nada, não encontrou ninguém!


Voltou todo triste para casa, sentou novamente no tronco de árvore: “Ah, estou tão sozinho, tão triste... Olha, o meu jardim está tão bonito e nem as borboletas e as abelhas vêm aqui no meu jardim para colher mel! Será que eu sou ruim para os outros? Será que eu sou chato para os outros e ninguém quer saber de mim? O jardim está tão florido e não tem ninguém aqui para vir apreciar o meu jardim. Já tenho uma idéia: eu vou para a cidade. Sim, para a cidade grande. Lá, ninguém está sozinho. Lá tem tanta gente, que é impossível ficar sozinho e triste como estou aqui na floresta. Já sei!”.


Foi para casa, arrumou uma mochilona, colocou um cabinho de vassoura, colocou no ombro e partiu rumo à cidade grande. Saiu todo feliz, porque com certeza ali na cidade grande, ele iria encontrar um amigo que poderia deixá-lo feliz. E, assim, o ursinho Bolinha saiu andando rumo à cidade grande.


Foi andando, andando, andando... De repente, ele encontrou o jabuti. “Bom Dia! - disse o jabuti - Aonde vai você, Bolinha, tão apressado? Aonde você está indo?”


“E, e, e... eu? Eu vou à cidade. Ah, jabuti, estou cansado de viver sozinho... Aqui ninguém gosta de mim. Eu vivo sozinho nessa floresta”.


“Pra cidade? – perguntou o jabuti, surpreso – E a sua casinha? Se você quiser, eu posso cuidar da sua casinha até você voltar. Durante o dia, eu posso abrir a portinha para deixar o Sol entrar e, à noite, posso fechá-la bem para que nenhum outro bicho entre lá. Pode ir sossegado, Bolinha, eu cuido da sua casinha, mas com muito carinho!”.


“Ah, tá bom, jabuti, tá bom! Se você quiser, então você pode abrir a portinha para deixar o Sol entrar e, à noite, você a fecha, hem? Bem fechada para que nenhum outro bicho comece a morar na minha casa”. Bolinha disse isso sem dar muita importância ao que o jabuti estava falando. O ursinho não entendeu nada, nada.


“Ah, jabuti, tô indo embora, viu? Tchau, tchau!” E continuou a andar muito contente. O Sol estava forte. Estava na hora de dar uma paradinha, mas ele falou: “Não, eu tenho que chegar cedo. E tenho que encontrar um amigo na cidade. Estou muito sozinho”. E continuou a andar... andou, andou, andou... De repente, o que ele encontrou?


“Mé, mééé...” Encontrou uma ovelhinha pastando, contente!


“Bom Dia!”


“Mé, méééé - disse a ovelhinha - Bolinha, aonde você vai tão preocupado?”


“Ah, ovelhinha, eu vou à cidade. Eu estou cansado de viver sozinho. Eu não aguento mais ficar aqui. Não tenho amigos, fico o dia inteiro sentado na porta da minha casa só comendo frutas silvestres, mel e nem as borboletas vêm cheirar as flores do meu jardim!”


“Ah, você vai para a cidade? Mas, tá bem, e a árvore onde você mora não vai ficar triste, não? – perguntou a ovelhinha - A árvore gosta tanto de você!”


“Ah, que nada! Eu acho que ela nem sabe que eu moro lá!”


“Ah, ursinho, você vai mesmo? Mas volte depressa para brincar comigo! Eu gosto muito de brincar!”


Bolinha nem respondeu. Continuou o seu caminho, andando rumo à cidade. E Bolinha foi andando, andando... A ovelhinha ficou ali sem saber o que o ursinho estava pensando! E o Bolinha continuou andando, andando, andando... De repente, apareceu um riachinho na sua frente. E, no riachinho, encontrou o jacaré.


“Boa Tarde! - disse o jacaré, espreguiçando-se - Aonde vai você?”


“Eu vou à cidade, Sr. Jacaré”.


“À cidade? Pra quê? Fazer o quê lá?”


“Ah, eu estou cansado de viver sozinho. Não aguento mais ficar naquele lugar. Não tem ninguém, nem borboleta para cheirar as flores, nem abelhinhas para colherem o mel das minhas flores da frente da minha casa. Ninguém gosta de mim nesta floresta. Passeio por ela todos os dias e ninguém olha para mim”.


“Que pena!” - lamentou o jacaré - Seu jardim é tão bonito! As flores vão ficar sozinhas e tristes. Você não quer que eu cuide delas até você voltar?”


“Pode sim, pode sim!”, respondeu Bolinha, avançando na floresta, rumo à cidade. E foi embora. Passou pelo Sr. Jacaré, passou pela ovelhinha, passou pelo jabuti e foi embora. Bolinha continuou seu caminho quando, de repente, ouviu uma canção... Era o sapo coachando pra bicharada:


“Quem vive triste no mundo, venha juntar-se com a gente, a nossa turma é alegre, não há tristeza que aguente. Deus quer ver todos nós sempre bem unidos, um ajudando o outro, uma aldeia de amigos”.


“Hã???” Bolinha estava ouvindo tudo e falou: “O que é isso? Um sapo dizendo que Deus quer que todos nós vivamos sempre bem unidos, um ajudando o outro, uma aldeia de amigos? Péra aí! Será que esse sapo quer ter amigos? Porque eu passei pelo jabuti e sabe o que ele disse? Ele nem ligou para mim... queria cuidar da minha casa! Ele disse: ‘Eu cuido da sua casa, durante o dia eu abro a portinha para deixar o Sol entrar e, à noite, eu posso fechar bem a sua casa para nenhum bicho morar lá’. Nem ligou para mim! Ele podia falar: ‘Não vá pra cidade, que eu vou sentir saudade de você’.


Passei pela ovelhinha e a ovelhinha disse que a árvore ia sentir falta de mim e disse que ela (a árvore) gostava tanto de mim, mas não disse que ela (a ovelhinha) gostava de mim...


Passei pelo jacaré, o jacaré lembrou somente do meu jardim e disse que o jardim é tão bonito! Que as flores vão ficar sozinhas e tristes, mas não disse que ele ia ficar triste se eu fosse pra cidade... Mas agora, o sapo tá dizendo:


‘Quem vive triste no mundo, venha juntar-se com a gente, a nossa turma é alegre, não há tristeza que aguente. Deus quer ver todos nós sempre bem unidos, um ajudando o outro, uma aldeia de amigosssss????’ O quêêêê? O sapo quer ser meu amigo? Ah... Não é possível que alguém goste de mim!”


Então, o ursinho Bolinha foi chegando, foi chegando... Quando ele chegou lá, viu um monte de animais... “Ahhhh, eu acho que não preciso ir para a cidade grande, não!”


Tirou das costas a mochila, colocou no chão, sentou-se ali e ficou olhando... E pensou: “Ah... eu já encontrei o que eu procurava... Não preciso ir pra cidade mais!” Correu bem depressa, bem depressa e voltou para encontrar o jacaré, a ovelhinha tão boazinha, o jabuti... E, assim pensando, voltava para casa. De repente, na volta para casa, uma cigarra o avistou e gritou para ele: “Corra, corra, seu ursinho, senão a noite chega e você não acha o caminho”.


“Obrigado, minha amiga, obrigado! Vou correr! Senão, vai anoitecer e não vou encontrar o caminho para a minha casa”. Bolinha chegou em casa, empurrou a porta da sua casa que estava naquela árvore, colocou a sua mochilinha no canto e se deitou, porque ele estava muito, mas muito cansado.


Bolinha dormiu um sono muito gostoso. Afinal, havia seguido aquele caminho tão lonnngo, tão distante! E ali ele dormiu. Somente ouvia o grilo naquela noite silenciosa. De repente, o grilo parou de cantar: amanheceu o dia! No outro dia, ele juntou as frutas mais saborosas e disse: “Eu vou fazer um banquete. Vou fazer um banquete e convidar todos os meus amiguinhos para almoçarem juntos comigo”.


E ali ele começou, ia de árvore em árvore pegando as frutas silvestres e juntando o que mais de gostoso Deus havia feito e colocado naquela floresta: as frutas, a água do riachinho, o mel silvestre, tudo que era de bom e gostoso.


Preparou uma grande mesa e convidou todos os seus amigos para almoçarem com ele. E, preparado aquele grande banquete, colocou todas aquelas frutas gostosas sobre a mesa. Veio o macaquinho, veio o jabuti, veio a ovelhinha, veio o sapinho, vieram todos os animais. Veio a arara, a abelha, sua amiga, vieram todos os animais da floresta!


E ali, a partir de então, começaram aquela grande festa. E disseram: “Ursinho, nós lhe amamos! Por que você sempre ficava sozinho? Você nem sorria pra gente! A gente passava pela sua casa, você ficava só comendo e nem olhava pra gente!”


“Ah, eu pensei que vocês que não gostavam de mim! Aí decidi ir para a cidade grande, porque lá eu poderia encontrar amigos”.


O jabuti disse: “Ah, Bolinha, você acha que alguém lá ia gostar de você? Eles vão lhe matar! Os homens só querem matar os animais; os homens só pegam os animais para serem escravos: ou você ia para um circo fazer palhaçada para as pessoas ou você ia ser pego e colocado numa jaula no zoológico para divertir as crianças. É claro que lá você não ia encontrar amigos”.


“Tem razão, jabuti. Eu não tinha pensado nisso. Ainda bem que eu encontrei vocês no meio do caminho”. E, naquele momento, todos se confraternizaram com o ursinho Bolinha. Tornaram-se amigos e, embaixo de uma grande árvore numa tarde gostosa, fizeram o banquete.


A partir de então, nunca mais o ursinho ficou sozinho porque ele viu que tinha um monte de amiguinhos na aldeia, um monte de amiguinhos!






E você? Vocês, crianças, vocês têm amiguinhos? Vocês sabem que Jesus gostava muito de ter amigos? E Jesus sempre falava que é importante amar uns aos outros. Lembram daquele versículo na Bíblia que diz: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”?


É isso que Deus quer que façamos! Amemos uns aos outros hoje, amanhã, sempre, em todos os momentos! Porque isso é agradável a Deus.


O nosso versículo é: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros” (João 13:34). E isso você pode fazer! Procurar amiguinhos novos porque, dessa maneira, nunca nós vamos nos sentir sozinhos.


Você pode, nesse momento, pensar: “Ah, eu não gosto de ter amigos. São uns meninos chatos que pegam o meu carrinho, a minha boneca”.


Não! Deus quer que você tenha amigos! Eles querem brincar com você. Ame seu amigo, mesmo que ele não ame você, porque você tem que demonstrar o amor de Deus na sua vida. Você que já é salvo, Deus quer que você ame o seu coleguinha, aquele que é ruim na classe, que quer bater em você... Você deve amar, amar o seu inimigo, também. Não somente aquele amiguinho que faz tudo por você, que gosta de brincar com você. Não, mas aquele também que não gosta de você. É difícil? É. É difícil amar aquele que não nos ama, aquele que fala mal da gente, aquele que critica a gente, aquele que você sabe que não gosta da gente. Mas a Bíblia nos ensina que Deus quer que nós amemos os nossos inimigos. “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”. Essa é a palavra de Deus para o nosso coração.


E você pode fazer isso. “Ah, mas eu não consigo”. Deus pode lhe ajudar! Jesus que mora na sua vida pode lhe ajudar a amar aquele que lhe persegue, aquele que lhe calunia, aquele que fala mal de você, aquele que lhe odeia. Você não deve odiá-lo, mas amar o seu inimigo.


Isso você pode fazer com a ajuda de Jesus. Procure amiguinhos também que já amam ao Senhor Jesus e aqueles também que não amam ao Senhor Jesus porque, por meio do seu testemunho, da sua maneira de viver na escola, de você falar, você pode ganhar o seu amiguinho para Jesus.


É, não fazer o que eles fazem! Se eles quebram a vidraça do colégio, você não deve também fazer isso, porque ele vai falar: “Pôxa! Meu colega fala que é crente e faz tudo o que eu faço!” Você fará com que o nome de Jesus seja blasfemado, o Evangelho do Senhor seja envergonhado.


Mas ame o seu amiguinho, mesmo que ele não lhe ame. “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”. Isso nós podemos fazer com a ajuda do Senhor Jesus!”



Essa é mais uma linda história do portal o  pequeno galileu. Visite o site e confira outras também.
http://www.ipda.com.br/opequenogalileu.html

HISTÓRIA INFANTIL: JAIME E O ATEU.

                                    JAIME E O ATEU




(Fig. 1)

Jaime era um orfãozinho que morava com uma tia velha e maliciosa. Era tão mesquinha, que não lhe dava bastante alimento. Não gostava de cuidar dele. Podia ver pelo rosto dela que não amava ao nosso Senhor Jesus Cristo.

Jaime dormia num quarto miserável do 2º andar da casa desta tia.


(Fig. 2)

Uma noite, enquanto ele dormia, a casa incendiou-se. A casa era muito velha e construída de madeira, e por isso queimava-se rapidamente e com facilidade como se fosse palha. O alarme soou na vila. Pouco depois alguns homens com estopas molhadas e baldes de água corriam no local, fazendo todo o possível para apagar o fogo.

Enquanto trabalhavam arduamente para vencer as chamas, ouviu-se o grito de um menino atemorizado e a chamar vindo da janela do quarto do 2º andar:

- "Socorro!"

Erguendo os olhos, viram Jaime ali na janela, mas ninguém estava pronto para arriscar a vida para salvá-lo. Aquele que tentasse, poderia ser queimado severamente, e talvez ser levado à morte.




(Fig. 3)


Naquela vila morava um homem que era ateu. Sempre dizia ao povo que não acreditava em Deus, nem em Jesus Cristo, nem na Bíblia como a Palavra de Deus. Quando viu o rosto de Jaime na janela, rapidamente subiu pelo cano que passava perto da janela. Quando chegou ao nível da janela estendeu seu braço forte, tirou Jaime das chamas e, agüentando o calor intenso do fogo, levou Jaime até o chão.


O ateu sofreu queimaduras nas mãos, mas a tia de Jaime por causa das terríveis queimaduras que sofrera, morreu. Isto deixou Jaime sem lar mais uma vez.


O povo da vila não podia imaginar o que iria acontecer com ele. Um pastor levou o menino à casa dele e disse ao povo que se alguém quisesse adotá-lo que viesse à casa dele num determinado dia.

 (Fig. 4)

Entre outros que vieram para adotar a criança, havia um casal chamado Souza. Não tinham filhos em casa e queriam adotar Jaime. Mas enquanto a Sra. Souza falava com Jaime e pedia que viesse morar com ela na sua casa como seu filho, o ateu apareceu na porta.


(Fig. 5)

Depois de entrar a convite do Pastor, explicou-lhe que queria convidar Jaime para morar com ele. O pastor, sabendo que o casal Souza falaria ao menino a respeito de Jesus Cristo e faria todo o possível para que Jaime o aceitasse como seu salvador, queria que eles, o casal, e não o ateu, adotassem o menino.

O ateu falava pouco, mas enquanto se aproximava de Jaime e da Sra. Souza, começou a descobrir a mão esquerda, e tirar as ataduras e o homem mostrou as feridas e disse:

- "Não queres vir ser meu filho?"


(Fig. 6)

E Jaime, vendo a mão queimada e ferida, correu para o homem, abraçou-o e disse-lhe:

- "Quero ir com o Sr. e ser seu filho, porque a sua mão foi queimada em favor de mim."

Ninguém podia negar que o salvador do menino tinha o 1º direito sobre ele. Assim, o pastor juntou a roupa de Jaime, e ele foi para a casa do ateu, pois sabia que ele o amava.




(Fig. 7)

Jaime e seu novo pai tiveram tempos maravilhosos juntos: brincavam, pescavam no rio perto da casa, passeavam nas florestas, etc. Nada, entretanto, foi dito a respeito do Senhor Jesus. De fato, nenhuma palavra foi mencionada a respeito de Deus, o Pai. Nenhuma "Ação de Graças" foi dada à mesa quando se assentavam parar comer.

Um dia, fez-se na vila uma exposição de pinturas. Os quadros foram pendurados na parede do grande salão da prefeitura. Pessoas vieram de longe para apreciar as pinturas maravilhosas, e Jaime, com seu pai, foi examinar cada quadro.

O pai explicou-lhe cada uma até chegar perante um quadro especial. Tentou passar despercebido por ele e explicar-lhe o outro junto além; mas Jaime ficou preocupado e desejou ver toda aquela pintura especial.


(Fig. 8)

Assim voltou e perguntou ao pai:

- "Por que estão os cravos nas mãos e pés deste homem? E por que as pessoas estão chorando tanto?"

O ateu, reconhecendo que não podia evitar as perguntas do rapaz replicou:

- "Pois bem, eu não creio na história, mas é isto que me contaram acerca do homem neste quadro.

"Muitos anos atrás, quase 2000 anos, uma multidão estava de pé em frente a um grande edifício do governo de Jerusalém, uma cidade na terra da Palestina. Pilatos, o governador, julgava um homem e achava que não era culpado, mas inocente. Levou o homem para fora do palácio e disse:

- Não acho culpa nele. Vou castigá-lo ou libertá-lo?!

Era costume para o governador daquela época, uma vez por ano, perdoar ou libertar um criminoso: o preso que o povo pedisse.

Assim Pilatos indagou ao povo:

- Quem quereis que vos volte? Barrabás ou Jesus, o que se chama Cristo?.

E enfrecida a multidão clamava:

- Crucifica Jesus! Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o!
Pilatos, por causa disso mandou açoitar a Jesus.

Os soldados, zombando, colocaram uma coroa de espinhos na cabeça de Jesus, que fez com que o sangue corresse. Cuspiram-no na cara, e deram-lhe pancadas e varadas. Mas durante tudo, o homem não fez nenhum esforço para defender-se. Por último, colocaram sobre os ombros de Jesus uma cruz pesada e o levaram para ser crucificado no lugar chamado calvário. Ali cravaram suas mãos e seus pés. Levantaram a cruz e deixaram-no cair num buraco. Por cima da cabeça, escreveram estas palavras: "ESTE É O REI DOS JUDEUS".

- Essa Jaime, é a história, mas eu não acredito nela.

Assim, o pai e o filho continuavam a andar, olhando a cada quadro até que chegaram ao ponto por onde tinha começado.

Jaime, intrigado com toda aquela história, rogou ao pai, no caminho para casa, que contasse a história de novo, e outra vez quando estava para se deitar. Antes do ateu deixar o quarto da criança, Jaime lhe disse:

- "Papai, as mãos feridas do homem me fazem pensar em suas mãos queimadas e de como o senhor sofreu por mim para me salvar!"


(Fig. 9)

O que o menino dissera ficou na mente do pai por muito tempo e não pôde conseguir dormir bem naquela noite. Lembrou-se daquele dia em que fora a casa do pastor para pedir Jaime para si. Imaginava quão terrível teria sido se Jaime não desse valor a mão ferida e tivesse recusado se tornar seu filho. Não agüentava tal pensamento. Ele se feriu por Jaime, arriscou a sua vida para salvá-lo e mesmo assim Jaime não era forçado a acompanhá-lo; podia ter escolhido ir com o casal Souza.

Quão contente estava ele, porque resolvera tornar-se o seu filho.

De repente tornou-se triste, porque DEUS lhe fizera entender que apesar do fato de Jesus ser ferido por ele, mesmo crucificado pelos seus pecados, ainda recusava se fazer um filho de Deus.

Deus trouxe-lhe a memória alguns versículos da Bíblia que aprendera quando era menino:

"Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23);

"Cristo sofreu por nós” (1 Pedro 2:21-24);

"Aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo" (Apocalipse 20:15);

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16).


(Fig. 10)

Deus o convenceu de tal maneira de sua incredulidade, que ele ajoelhou-se ao lado da cama e aceitou a Jesus Cristo como o Salvador.

Agora ele estava alegre.

Pouco depois, Jaime, também, aceitou a Jesus como seu salvador. E os dois foram feitos filhos de Deus. Porque creram no Seu Nome.



quinta-feira, 15 de julho de 2010

MENSAGENS DE FÉ. _ O JOVEM RICO _ MARIA MADALENA

                                                             O JOVEM RICO -


Sua prosperidade financeira tornou-se obstáculo na caminhada espiritual.
A juventude é uma das épocas mais bonitas da vida. Os jovens, em geral, são fortes, cheios de energia e disposição. Têm a mente repleta de sonhos e aspirações. No caso daquele personagem, além de ser moço, gozava de boa situação financeira. É provável também que tivesse boa saúde, pois não estava em busca de cura. Além disso, era religioso, conhecia os mandamentos de Moisés e os obedecia.
Todavia, ele precisava conhecer o Senhor Jesus (Mt.19.16-30; Mc.10.17-31; Lc.18.18-30). Da mesma forma, todas as pessoas precisam conhecê-lo, ainda que suas vidas estejam aparentemente bem.

Poderíamos imaginar que, se aquele rapaz era obediente à lei, conforme o texto nos diz, sua situação diante de Deus estava perfeita, mas não era simples assim. Ele acreditava, inclusive, na imortalidade da alma, visto ter questionado acerca da vida eterna. Este era um conceito avançado para a época.
Contudo, aquele moço vivia como um filho distante que conhece e obedece às determinações do pai, mas não tem relacionamento com ele. Este é o ponto que diferencia o cristianismo do legalismo. Não basta seguirmos um rígido código de conduta, com usos e costumes, mesmo que sejam de origem cristã. Tais coisas podem até ser necessárias e úteis, mas a vida espiritual não se resume a isto. Ser cristão é conhecer a Cristo e ter comunhão diária com ele.
O jovem rico obedecia à lei de Deus, mas não conhecia o Senhor. Entretanto, ele teve a maravilhosa oportunidade de encontrar-se com Jesus e ouvir as suas palavras. Todavia, a mensagem não foi do seu agrado. Gostamos de ouvir elogios, e parece que este era o intuito daquele rapaz. A palavra de Deus não tem o propósito de agradar ao homem, mas de salvá-lo. É como o diagnóstico elaborado por um bom médico, que nem sempre agrada ao paciente, mas tem o propósito de ajudá-lo, se possível for.

Podemos considerar que o jovem rico tirou o melhor proveito da Antiga Aliança, mas não conseguiu entrar na Nova. Era o momento de avançar para um novo nível, mas isto não se concretizou. O desafio apresentado pareceu-lhe grande demais.
Jesus lhe disse: "Ainda te falta uma coisa. Vai, vende o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu".
O moço tinha muitas qualidades. Apenas uma coisa lhe faltava, mas esta foi suficiente para conduzi-lo à perdição. Ele era rico nesta terra, mas pobre espiritualmente. Sua conta no céu estava zerada.
Esta é a situação de muitos ricos, quem sabe a maioria, que se encontram na mais completa miséria espiritual. Têm muito dinheiro, mas lhes falta paz, amor e a tranquilidade de uma consciência limpa.
A proposta de Jesus para aquele jovem não foi no sentido de fazer multiplicar as riquezas materiais, mas as espirituais (Rm.2.4; 9.23; 11.33; Ef.1.7,18; 2.7; 3.8,16; Col.1.27).
De imediato, sua possível decisão por seguir a Cristo seria motivo de aparente perda. Isto não combina com a teologia da prosperidade.


Muitas pessoas vêm para as igrejas hoje com o propósito de receber bênçãos materiais, casas, carros, dinheiro, empresa, bons negócios, etc., mas poucos estão dispostos a abrir mão de alguma coisa em prol do reino dos céus. Não podemos negar que isto pode ser necessário, conforme a palavra de Deus nos ensina:
"Quem achar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á" (Mt.10.39).
Antes de perder a vida, muitos cristãos perdem os amigos, o emprego, a namorada, etc, por causa de sua conversão.
O apóstolo Paulo, quando se converteu, perdeu sua posição na sociedade, bem como o respeito de seus compatriotas, sua autoridade, etc. Depois, afirmou:
"Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo" (Fil.3.7-8).
Jesus não levou em conta que aquele moço poderia ser um excelente membro ou mesmo um líder na comunidade apostólica, podendo contribuir com um dízimo de alto valor que seria revertido em benefícios para todos os discípulos. O próprio Mestre não precisaria mais andar de jumentinho nem a pé. Poderia adquirir um cavalo puro sangue. Nada disso! Cristo não deixaria de dizer a verdade por causa de possíveis vantagens materiais. Sua mensagem não foi suavizada por interesses terrenos.
Nós, talvez, ficaríamos impressionados com o jovem rico e teríamos apenas coisas positivas para dizer-lhe, mas Jesus viu o seu coração e foi direto ao problema.
Não é pecado ter dinheiro. Não é errado ser rico. O problema existe quando a riqueza se torna um deus (Mamom) (Mt.6.24). O amor ao dinheiro, que é a raiz de toda espécie de males (ITm.6.10), não deixa espaço para o amor ao próximo. Então, o egoísmo, a avareza, que é idolatria (Col.3.5), dominam a pessoa. Este era o caso daquele rapaz. Ele confiava nas riquezas (Mc.10.24).
Para que Jesus pudesse estar em primeiro lugar, o materialismo precisava ser destronado. O jovem precisou escolher, tomar uma decisão, como acontece com todos os que se encontram com Jesus. Porém, seu apego ao dinheiro fez com ele perdesse a oportunidade de salvação.
Jesus poderia ter dito: "Vai, vende tudo o que tens e traz o dinheiro como oferta". Não foi assim. Ele disse que o dinheiro deveria ser dado aos pobres. A oferta é bíblica e necessária, mas a ajuda aos necessitados também é, e não pode ser esquecida.
Aquele jovem, se vendesse todos os seus bens e distribuísse o dinheiro, não ficaria no prejuízo. Teria um ganho eterno. Um galardão inefável estaria à sua espera na glória celestial.
Assim acontece com todos aqueles que, sendo ricos ou pobres, renunciam a tudo que o Senhor lhes pede. Não estamos defendendo o voto de pobreza, mas apenas a renúncia daquilo que for incompatível com a vida cristã, principalmente o que nos for claramente indicado por Deus e pela consciência.
Conta-se a história de um menino que enfiou a mão em um vaso caríssimo e não conseguia tirá-la. Então, seu pai lhe disse: "Abre a mão e estica bem os dedos para facilitar a saída". O filho respondeu: "Não posso, pois estou segurando uma moeda". "Meu filho", disse o pai, "solta a moeda, pois eu lhe darei outra de maior valor". Então, o menino abriu a mão e conseguiu retirá-la facilmente. Da mesma forma, quanto mais nos apegamos aos valores deste mundo, mais presos ficamos. Precisamos abrir mão, pois só assim estaremos aptos a receber as riquezas espirituais de Deus em Cristo Jesus.
Quem busca ao Senhor, mesmo que renuncie a tudo, não ficará no prejuízo, pois todas as suas necessidades serão supridas. Seguindo o Bom Pastor, nada nos faltará
 
 
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                                            MADALENA




Jesus escolheu doze homens para serem seus discípulos. Contudo, havia


também mulheres que o seguiam. Algumas tinham até a nobre função de


prestar apoio financeiro ao ministério do Mestre (Lc.8.1-3). Uma


delas era Maria Madalena. Percebemos que o Senhor honrou as mulheres


numa época em que a sociedade não lhes dava grandes oportunidades. O


nome Madalena indica sua cidade de origem: Magdala, localizada na


província da Galiléia. Depois da mãe de Jesus, Madalena foi a mulher


que mais se destacou durante o ministério terreno do Messias.


Vida pregressa
Por tradição, somos informados que Maria Madalena era uma prostituta.


Entretanto, a bíblia não diz tal coisa. O que sabemos com certeza é


que, antes de conhecer o Senhor, aquela mulher era possuída por sete


demônios (Lc.8.2). Portanto, tinha uma vida de pecado, sofrimento,


tristeza e tormento constante. Esta é a situação de muitas pessoas


que não servem a Deus. Estão nas mãos do Diabo. Ainda que não estejam


possessas, são oprimidas e influenciadas pelos poderes das trevas.


Encontro e compromisso
Maria conheceu o Senhor Jesus e sua vida foi completamente


transformada. Os demônios foram expulsos e ela passou a seguir o


Mestre. Todos precisam conhecer a Cristo afim de serem libertos e


transformados. Além disso, é preciso que se faça um compromisso com


ele. Muitos são abençoados por Deus, mas não querem se comprometer.


Madalena se tornou uma seguidora de Jesus. Ela sabia que, se


deixasse o Senhor, seria novamente dominada pelos demônios.


Portanto, além do compromiso, era preciso haver fidelidade.
A perseverança


Seguir a Cristo era algo maravilhoso, principalmente para os recém-


libertos. Ouvir seus ensinamentos e presenciar seus milagres era


viver o céu na terra.


Porém, as autoridades religiosas começaram a se levantar contra Jesus


e as ameaças foram se multiplicando. De imediato, os discípulos não


se deixaram intimidar, pois imaginavam que Jesus resolveria qualquer


situação adversa. Afinal, quem poderia detê-lo ou prejudicá-lo e aos


que com ele estavam? Mas tudo ficou muito confuso na noite em que


Jesus foi preso.


Depois veio o julgamento e a condenação do Mestre. Entretanto, ainda


havia esperança. Quem sabe ele não invocaria as hostes celestiais


para livrá-lo? (Mt.26.53). O tempo passava e a situação parecia cada


vez pior.


A frustração dos discípulos foi muito grande. O medo também os


assolou de tal maneira que todos fugiram (Mt.26.56).


No dia seguinte, Jesus foi pendurado no madeiro, mas ainda havia


esperança. Se quisesse, Cristo poderia descer da cruz e salvar-se a


si mesmo (Mt.27.42). Contudo, não o fez.


Nos momentos difíceis da nossa vida, também esperamos que o Senhor


faça isso ou aquilo. Se ele não faz, muitos ficam decepcionados.


Naqueles instantes que antecederam a sua morte, seus seguidores o


abandonaram, à exceção de algumas pessoas que ficaram ali, junto à


cruz, acompanhando o Mestre até o fim: Maria, mãe de Jesus, Maria


Madalena, Maria, mulher de Clopas, e João, o discípulo amado (João


19.25-26).


Certamente, ninguém entendia o que estava acontecendo. O que ficava


evidente ali não era a compreensão, mas o amor. Era demonstração de


fidelidade incondicional.


Vemos, portanto, quão profundo era o compromisso de Madalena com


Jesus. Seguir a Cristo enquanto tudo está bem é fácil. Nos momentos


mais difíceis é que manifestamos a seriedade do nosso compromisso e a


realidade da nossa fé. É na hora da cruz, no meio da tribulação, que


revelamos o quanto amamos o nosso Salvador. Precisamos permanecer


firmes, mesmo quando não compreendemos o que está acontecendo, mesmo


quando nossas expectativas se frustram. Deus tem um propósito


superior que está se cumprindo.


Madalena estava ali, talvez colocando em risco a própria vida,


permanecendo aos pés do Senhor.


Ela demonstrou coragem. Não fugiu, não ficou indiferente ou distante,


mas perseverante e fiel.


A morte do Senhor
Quando Jesus morreu, tudo parecia encerrado. Todas as esperanças


humanas se dissiparam. Na vida dos servos de Deus existem momentos


assim. Todos os recursos parecem esgotados. É o momento da cruz


individual.


Madalena deve ter feito uma retrospectiva de sua história. Quando


conheceu o Senhor Jesus, tudo se tornou maravilhoso. Parecia que os


problemas não existiriam mais. Contudo, a cruz ainda estava por vir.


Muitas pessoas se encontram com Jesus e imaginam que todo o


sofrimento de suas vidas tenha acabado. Algum tempo depois, ficam


decepcionadas diante das tribulações normais da vida cristã. Neste


caminho existe uma cruz.


A diferença é que, antes, sofríamos nas nãos do inimigo. Agora,


sofremos para crescer, amadurecer, e experimentar os gloriosos


propósitos de Deus em nossas vidas. A cruz parece uma vitória do


maligno, mas é a maneira divina de nos conduzir a um nível mais alto


em nossa vida espiritual.
O sepultamento
Logo que Jesus morreu, a multidão que assistia à crucificação retirou-


se, mas algumas pessoas acompanharam a colocação do corpo na


sepultura. Madalena estava ali (Mt.27.61). Quão grande era o seu


amor e sua dedicação!
Três dias de dor e tristeza
Durante o tempo de permanência do corpo de Jesus na sepultura, seus


seguidores ficaram desorientados e parcialmente dispersos. Naqueles


dias, parecia que os céus estavam fechados. Não se viram milagres


nem anjos. Não se ouviu nenhuma voz entre as nuvens. Os adversários


se sentiam vencedores. Os discípulos estavam confusos e angustiados.


Existem momentos assim em nossas vidas, quando os questionamentos se


multiplicam e as respostas não vêm. Parece que fomos abandonados.


Clamamos, mas não somos respondidos. Contudo, Deus está trabalhando


em silêncio. Aquele tempo era necessário para que os propósitos de


Deus se cumprissem, e eles não iriam acontecer antes da hora


determinada pelo Pai. Era tempo de esperar, e esperar é muito


difícil, principalmente quando não se sabe o que acontecerá ou se


acontecerá.


Parecia que o tão falado `reino de Deus' não passou de uma ilusão. O


melhor a fazer talvez fosse a dispersão. Alguns resolveriam ir embora


de Jerusalém (Lc.24.13). Os pescadores voltariam ao mar (João 21.3).


Nós também passamos por experiências assim, quando chegamos a pensar


que os propósitos de Deus para nós foram apenas ilusões do nosso


coração. Nessa hora, muitos abandonam sua posição e voltam à vida


antiga.


Visita ao sepulcro
Apesar de tudo o que acontecera, no primeiro dia da semana, ainda de


madrugada, Madalena foi ao local onde Cristo fora sepultado, com o


intuito de ungir o seu corpo (João 20.1-18). De nada adiantaria


aquela homenagem póstuma, mas, ainda assim, era uma demonstração de


amor.


Ela foi no primeiro dia da semana. Não deixou para o quarto ou sexto


dia. Enquanto os discípulos dormiam, ela se levantou de madrugada


para ir ao sepulcro. Poderia ter acordado tarde e ido após o almoço.


Porém, seu amor por Jesus estava acima de tudo, de maneira que não


mediu esforços para realizar aquele ritual. Como é a nossa dedicação


a Deus? Damos a ele o melhor? Fazemos tudo com prontidão ou sempre


deixamos para depois?


Madalena tinha iniciativa. Não precisou que alguém lhe convocasse ou


desse ordem.


Qual não foi sua surpresa e decepção ao verificar que o corpo do


Mestre já não se encontrava naquele lugar. Além de todo o sofrimento


dos últimos dias, mais esse choque? Pensou que alguém o havia


retirado. Foi logo anunciar o fato aos discípulos. Pedro e João


vieram correndo ao sepulcro e constataram que Jesus não estava ali.


Imediatamente, voltaram para casa, mas Madalena continuou junto à


sepultura, chorando.
O choro
Todos nós sofremos de alguma forma e em alguma medida, mas as


mulheres, pelo fato de serem mais emotivas, parecem sentir mais


profundamente as perdas e as dores da vida. Madalena ficou ali


chorando, lamentando. Entretanto, Jesus estava atento ao seu pranto.


Hoje também, quando pensamos que tudo está encerrado, quando choramos


angustiados, quando vertemos lágrimas de dor, o Senhor nos contempla.


Naquele momento, nada mais podia ser feito. Nem mesmo a unção do


corpo ela podia fazer. Muitas vezes pensamos que tudo esteja acabado.


Nada mais podemos fazer, mas o Senhor sempre pode fazer muito mais do


que imaginamos.
A ressurreição
Após o tempo determinado por Deus, o Senhor Jesus foi levantado do


sepulcro pelo poder do Espírito Santo (Rm.8.11). Deus tem um tempo


para tudo e, geralmente, não coincide com o nosso cronograma. Ele não


se move pela nossa ansiedade, mas por sua soberana vontade. Sempre


queremos evitar a morte, principalmente a nossa, mas Deus tem em


vista a ressurreição. Os pensamentos de Deus são superiores


(Is.55.9). Queremos evitar o sofrimento, mas Deus está visando os


resultados positivos que dele virão (Rm.5.3-5).


A intervenção divina vem. Não desanime. Não desista. Sua obra será


concluída.
"Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana,


apareceu primeiramente a Maria Madalena" (Mc.16.9).
Que honra para as mulheres! Afinal, Maria foi a pessoa que demonstrou


maior apego ao Mestre e maior sofrimento por sua morte. Sua dedicação


foi recompensada. Ela se tornou a primeira mensageira da


ressurreição, indo aos discípulos anunciar-lhes o fato (João 20.14-


18).


A ressurreição inaugurou uma nova etapa na vida de todos os


seguidores de Jesus, sendo também o fato histórico que coloca o


cristianismo acima de todas as religiões.


Daquele dia em diante, os discípulos foram novamente reunidos. O


Espírito Santo foi derramado. O propósito do reino foi retomado. A


igreja foi estabelecida e milhares de conversões começaram a


ocorrer.


Maria Madalena, que tinha sido assolada por sete demônios, agora se


encontrava numa posição de honra, como a primeira testemunha da


ressurreição de Jesus.


Da mesma forma, hoje, muitas mulheres estão servindo a Deus, com


amor, com esforço e lágrimas. Que Deus abençoe a cada uma delas,


dando-lhes também muitos motivos para sorrir, através de grandes


experiências e bênçãos. Que o Senhor lhes conceda a honra de levarem


a muitos o testemunho de que Jesus está vivo e sempre vale a pena amá-


lo e servi-lo.


Anísio Renato de Andrade

Bacharel em Teologia

www.geocities.com/anisiorenato


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